sábado, 21 de junho de 2008

...PRAZERES...


Ainda me recordo do prazer que me dava arranjar cuidadosamente uma folha de papel, e a indispensável caneta, daquelas que deslizam suavemente... a estes dois elementos fundamentais, junto a noite escura, música calma, hoje apetece-me ouvir Sting. Acendo um cigarro, e junto-lhe uma bebida, costumo chamar-lhe chá, junto-lhe duas pedras de gelo, e o ambiente está perfeito para começar a escrever.
Ainda não descobri foi o quê... mas será que é necessário descobrir?
O chá está gelado como eu gosto, o cigarro já se fumou, espera uma chama para o próximo. Podia falar dos dias de tempestade, do Sol de Inverno de que tanto gosto, do Cinzento dos meus dias, mas isso era capaz de não dar uma boa noite de sono, nah!
E se falasse de cartas? Do prazer que dão a escrever, a receber, e a ler? Será que alguém ainda se lembra do prazer que era ler uma carta? Não destas que nos chegam por correio electrónico, mas das que se escreviam à mão, das que nos deixavam o sabor do envelope e do selo na boca...

“Porém, não tive coragem de abrir a mensagem,
porque na incerteza, eu meditava, dizia:
será de tristeza, será de alegria?”

a incerteza do conteúdo na certeza do remetente...
A vida é das coisas mais estranhas que nos é dada á nascença....

E dá voltas..., a vida dá muitas voltas...

2 comentários:

Anónimo disse...

"Ainda me recordo do pra"zer que me dava arranjar cuidadosamente uma folha de papel, e a indispensável caneta, daquelas que deslizam suavemente... " - Também eu, há anos que não escrevo!

M.A. disse...

Partilho de tudo isto.